Flá @ 21:21

Qua, 21/01/09

 

           Refina-me os sentidos. Muda a música. Diminui o som. Prova o beijo que te dou pela manhã ao entrar no carro, pousa a mão no meu joelho, bate-lhe, levemente, ao som da música, enquanto comentamos as noticias que vêm na capa do jornal que já trago comigo. Estaciona na encosta do jardim onde não pagas estacionamento. Dá-me um último beijo antes de sairmos.
Escolhe o andar enquanto aproveito o espelho para compor o cabelo. Apanha-me distraída. Morde-me o ombro. Volta-me para ti, encosta-me à parede espelhada do elevador, beija-me enquanto metes a mão dentro da minha camisola e me arranhas as costas. Provoca-me a respiração. Porta-te bem, vamos sair.
Já não há redenção possível. Subimos a rua com passos apressados, pelo caminho cruzamo-nos com a senhora da barba por fazer, como de costume, na nossa cumplicidade, olhamo-nos e sorrimos. Fechamos a porta sem estrondo. Na entrada largamos tudo o que nos acompanhava. De mão dada e sem percebermos quem puxa quem vamos até ao quarto.
Espero que tenhas muita roupa vestida, para que nos possamos ferir, calmamente, por cada peça de roupa que salta fora. Vou resmungar para me encostares à parede. Já sem roupa, posso sentir as tuas mãos percorrerem-me o corpo de forma firme e exacta. Consigo sentir a dormência dos teus dedos.
Vemos, então, a vergonha dissolver-se, como um comprimido efervescente que dá ao corpo o sossego que ele implora… permitimos aos nossos corpos que deixem os lençóis amarfanhados. Vais sentir as minhas unhas vermelhas passearem, levemente, nas tuas costas fazendo-te contorcer. Sem que te apercebas vendo-te os olhos. Visto a tua camisa, as minhas meias de ligas. Só as tuas mãos me vêem. Travamos uma lutazinha. Queres mandar a venda fora. Não posso permitir. Os meus lábios percorrem todo o teu corpo obrigando-te a soltar ligeiros gemidos, não te deixando outra hipótese respiratória que não ofegares. Chamas-me com uma voz sumida...é altura de mandar a venda fora.
Que fazes do meu corpo assim despido? Que fazes das sardas e do cabelo solto que chega ao meio das costas? Que fazes do meu cheiro doce e da minha presença física despida? Olhamo-nos nos olhos. Assentimos o momento seguinte. Depois, quando os nossos corpos nus não aguentarem mais ferir-se de prazer vamos adormecer enroscados e abraçadinhos. Refinas-me os sentidos.


Afonso Castelo Branco @ 21:32

Qua, 21/01/09

 

Deixas-me sem palavras, sem fôlego, com as tuas descrições tão belas, tão oníricas, de tudo aquilo que nós somos e de tudo aquilo que temos.

E ainda assim, as palavras nunca alcançarão a dimensão necessária para nos definir.


Anda cá...Rawr.

Amo-te, Princesa.


Flá @ 21:52

Qua, 21/01/09

 

"por vezes as coisas acontecem porque não há como lhes fugir, acontecem porque tem de ser, nem tudo tem de ter uma explicação, as palavras não abraçam tudo, são finitas e não há como inventá-las novas de cada vez que elas nos falham, de cada vez que elas se gastam…eu nunca saberei definir com perfeição sentimentos, sensações, pessoas…"


Porta-te bem^^

Vou-me transformaaaaaar.

Amo-te, Afonsinho, sim?

Afonso Castelo Branco @ 23:32

Qua, 21/01/09

 

Sim ^^


Flá @ 23:39

Qua, 21/01/09

 

Tão lindo ^^

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