Sem perguntas. Sem largar sorrisos. Sonhos. Sem largar as mãos. Sem olhar para trás. Sem esquecer o que está para trás. Segue-me.
Sem te preocupares com os botões despregados. Com as calças sujas. Com o casaco surrado. Com a sopa para comer ao jantar. Com os deveres para fazer. Os desenhos animados para ver. Os brinquedos para arrumar. Sem preocupações. Segue-me.
Sem apressar o passo. Sem sobressaltos. Sem tropeçar. Ou cair. Sem acertar, propositadamente, o teu passo com o meu. Com o teu jeito desajeitado de andar batendo com um pé mais pesadamente no chão do que com o outro. Sem ornamentos no andar. Com naturalidade. Segue-me.
Sem perguntas. Preocupações. Ou ornamentos. Com todos os teus sonhos, botões despregados e jeitos. Esconde-te aqui. Comigo. Onde não há contos de embalar. Onde as mãos não se largam. Onde o medo não nos toca. Onde os rebuçados não fazem mal aos dentes. Onde a velhice só traz beleza e ternura. Sem largar sorrisos. Com os teus brinquedos por arrumar. Sem sobressaltos. Esconde-te aqui. Comigo. Em nós.
Seguir-te-ei sempre sem nada questionar, pois sei que enquanto as nossas mãos continuarem entrelaçadas, não há mal que nos toque.
Obrigado por tudo, meu Amor.
Amo-te profundamente..
Sabes, temos um segredo. Só nosso. Shhhh...