Flá @ 19:54

Ter, 24/03/09

Não vás. Entra… senta-te. Larga o copo em cima da mesa. Deixa-me ficar no teu colinho. Com a mão no teu peito. Apinha-me de beijos. Enche-me de felicidade. De vontade de te provocar. Enquanto deixas a casa impregnada com o teu cheiro. E a mim também. Responde às provocações. Pára!

 

            Deixa-me puxar-te pelo colarinho. Levanta-te sem oferecer resistência. Tira tudo o que trazes nos bolsos. Deixa por aí. Depois procuramos. Vem comigo. Provoca-me a provocar-te. Provoca-me…

 

            Deixa-me morder-te a orelha. Com a ponta da língua puxar o lóbulo para uma melhor mordidela. Oferece-me o teu pescoço para que o beije incansavelmente. Para que o percorra levemente. Arrastando nele o lábio inferior. Contorce-te. Dá pulinhos de desejo. Range os dentes. Fecha os olhos. Provoca-me…

 

            Sem mais provocações. Quando não forem mais permitidas provocações os corpos vestidos deixarão também de o ser. A respiração ficará pesada. Lenta. Ofegante. Deixa-me sussurrar-te que me apeteces. Volta a provocar-me. Provoca-me… a gemidos escandalosos.

 

            Ficas?

 




Flá @ 22:04

Dom, 22/03/09

 

           Sem perguntas. Sem largar sorrisos. Sonhos. Sem largar as mãos. Sem olhar para trás. Sem esquecer o que está para trás. Segue-me.
Sem te preocupares com os botões despregados. Com as calças sujas. Com o casaco surrado. Com a sopa para comer ao jantar. Com os deveres para fazer. Os desenhos animados para ver. Os brinquedos para arrumar. Sem preocupações. Segue-me.
Sem apressar o passo. Sem sobressaltos. Sem tropeçar. Ou cair. Sem acertar, propositadamente, o teu passo com o meu. Com o teu jeito desajeitado de andar batendo com um pé mais pesadamente no chão do que com o outro. Sem ornamentos no andar. Com naturalidade. Segue-me.
Sem perguntas. Preocupações. Ou ornamentos. Com todos os teus sonhos, botões despregados e jeitos. Esconde-te aqui. Comigo. Onde não há contos de embalar. Onde as mãos não se largam. Onde o medo não nos toca. Onde os rebuçados não fazem mal aos dentes. Onde a velhice só traz beleza e ternura. Sem largar sorrisos. Com os teus brinquedos por arrumar. Sem sobressaltos. Esconde-te aqui. Comigo. Em nós.


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