Flá @ 22:56

Ter, 06/10/09

 

Por vezes as palavras, frágeis, fogem-nos. Da boca. Da mente. Ficam impronunciáveis. O ser imperfeito e preguiçoso que somos impede-nos de as descrever. Os gestos lentos, cansados, ténues denunciam o cansaço das palavras. E a mente vitoriosa impingir-nos-á sempre a adiantamentos sucessivos. Escrever-te é tão difícil. Tão trabalhoso. Desgastante. Sabe sempre a tarefa inacabada. Soa sempre mal. Tão mal. Sou sempre insegura, prefiro todas as desculpas à provável hipótese do insucesso. Por isso, fico sem te escrever. Sem escrever, simplesmente. Desculpa-me a imperfeição e a preguiça.
 
Adoro escrever-te.
 
Sabes, os amores passados deixam marcas. Que nos tornam quem, na realidade, somos. Sei que o meu amor passado te deixa triste. Mas não há como evitar as marcas óbvias que deixou em mim. Traçou muito do que sou. Traçou o que amas. Os gestos. As palavras. Até as ideologias. (Que a titulo individual desenvolvi, posteriormente. Mea culpa!) É inevitável…cresci com ele e graças a ele. Devo-lhe isso. Devo-lhe uma grande amizade.
 
Sei que também já viste uns lindos olhos noutro amor. Um lindo sorriso. Um lindo futuro que não se concretizou. Ou concretizará. Também, tu, tens um amor passado. Que também me deixa triste. Irritada. Rezingona. Não consigo evitá-lo. Aceito a tua carinha triste. É justa. Parte-me o coração…mas é justa.
 
Os amores acontecem. Existem. São arrumados em lugares secretos dentro de nós. Não há que ter medo deles. Nem forma. É tão bom agarrá-los como arrumá-los quando passa a estação quente. Ou quando nos ficam curtos. É sempre penoso largá-los. Ficará sempre a recordação linda. O sonho do que não foi. Do que poderia ter sido. Do erro que terá sido ou não cometido. O que foi e o que poderia ter sido. Principalmente, do que foi.
 
Desde os meus vinte anos que o improvável aconteceu e o que poderia ter sido desapareceu. Agora é-o. Tudo. Tudo acontece. Nada fica por fazer. Tudo se faz. Tudo. É-se tudo de corpo inteiro. Agora só sei sorrir por inteiro. Respiro por inteiro. Não há medo que o sorriso desvaneça ou que me roubem o ar. Não há aquele aperto, real e sufocante, no peito. Pffff…. Todas as nuvens foram embora. Ficaram com o amor antigo. Arrumadas algures dentro de mim.
 
És tão o homem da minha vida. Tão o meu melhor amigo. Para além do sorriso, dos olhos, das pestanas, das bochechinhas ou das cócegas em todo o lado, és o homem que vejo a meu lado para todo o sempre. O homem que depois dos sessenta anos continuará a gozar com a forma parva como espirro. O homem que dirá sempre bem dos meus cozinhados, mesmo que intragáveis. E por muito que o meu amor antigo tivesse significado, que significou, nunca ficaria comigo para sempre. Era essa a natureza dele. Eu, no fundo, sabia que não aprenderia a ser velhinha com ele. Não há comparação, possível, entre amores. És tão diferente. És tão à minha medida. Encaixas tão bem no que sou. Aturas tanto de mim. Amor, acredito mesmo na nossa casa na praia. Nas tuas batas no meu armário. Na tua e na minha vida completamente partilhadas e confundíveis para sempre. E no nosso jardim sem flores de plástico.
 
 Sim, aceito casar-me contigo.
 
 
 
“Eu não sei tanto sobre tanta coisa
que as vezes tenho medo
de dizer aquelas coisas que fazem chorar.
E não me perguntes nada.
Eu não sei dizer.”
 
 
 
P.S. Nunca saberei responder com perfeição à pergunta sobre o que é o amor ou qual a sua definição. Desculpa-me, não te saberei, por isso, dizer porque te amo. Mas amo. Sem a voz trémula. Ou hesitações. És o homem da minha vida. O homem que quero para a minha vida. Amo-te.


Afonso Castelo Branco @ 14:39

Sab, 10/10/09

 

Os amores passados a mim não me interessam, Flavinha.
És muito mais que a soma de experiências vividas, és tudo, um mundo de fantasia e cor no qual me deixas habitar.
Tudo o que eu quero é nunca mais ter que ver o que me rodeia de outra forma.
Tudo o que me interessa és tu. Comigo. Para sempre.
Não tenhas medo. Vamos ser felizes para sempre

E vais ter direito a um anel de noivado ^^

Amo-te até à dimensão que as palavras não alcançam.


Flá @ 14:34

Ter, 13/10/09

 

Não paras de me fascinar...não consigo evitar olhar para ti todos os dias de forma diferente. Estou cada vez mais apaixonada e encantada. És tão bom menino. Tão o homem da minha vida. Para além de todo o resto és o meu melhor amigo. E é por isso que aprenderemos a ser velhinhos juntos e seremos sempre muito felizes.

Quero ver esse anel ^^

Amo-te, pah (L)
*beijinho na boca*

Sofia @ 19:41

Qua, 14/10/09

 

Olá Flávia :D
Tu vais casar já já?

Beijinho*


Flá @ 15:21

Ter, 27/10/09

 

Olá Sofy =)

Não, querida, ainda não é já já...não te preocupes que não te safas de me oferecer um aspirador para a minha casa de casada ^^

beijinho**


FruttiTutti @ 14:56

Qui, 15/10/09

 

Impossivel não comentar a doçura e a verdade destas palavras.
Continuas no teu melhor, cada vez mais no teu melhor. E eu continuo fã da tua escrita.
Parece que vale a pena acreditar que mesmo depois de um sol que parecia brilhar para sempre se extinguir, pode ser que nasca de novo, e mesmo ainda mais brilhante...
Desejo-vos as maiores felicidades!

Beijinho :)


Flá @ 15:27

Ter, 27/10/09

 

Julgo que tudo funciona desse modo (o bom e o mau).

Sim, em tempos julguei que tudo tinha terminado , que não saberia mais sorrir, andar em biquinhos dos pés, não levantaria mais o pezinho ao dar um beijinho na boca...julguei que tudo tinha terminado. Que toda a felicidade que me havia sido destinada havia sido já gozada...mas houve um dia em que alguém reparou que eu usava sapatilhas da secção de criança e tudo o que já tinha sido passou a parecer vivido numa outra vida, num outro país. Tudo é tão mais saltitante, contagiante...feliz.

Obrigada por tudo, querida.

Beijinho =)*

J12 @ 16:36

Sab, 24/10/09

 

Um dia gostava de escrever assim, sem ter de inventar segundas personagens, sem ter medo que ao magoá-las esteja a magoar-me. Adoro tudo o que escreves e penso que do pouco que sei algum devo-te. Vejo sempre a simplicidade, o amor, a verdade que dizes em cada palavra, e faz-me querer ser assim um dia.
Desejo todas e as imensas felicidades.

:D


Flá @ 15:33

Ter, 27/10/09

 

Não tenho acompanhado o teu crescimento enquanto escritora tanto quanto gostaria, mas reparei que voltaste a publicar.

É uma honra achares que me deves algo do bom que tens e mostras. Palavra.

Um dia vais acordar e não vai haver mais espaço para máscaras e ficções. Não vais ter espaço na mente, nem tão pouco na vida para tudo o que ilude ou magoa. Acredito muito em ti e no valor que tens. Enquanto tudo o que és e mostras.

Também te desejo todas essas felicidades =)

Beijinho

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