Flá @ 01:17

Dom, 21/12/08

 

Adio, adio o adiável até a culpa não me permitir que continue. Se arranjo a desculpa…adio, novamente. Adiar, diz o dicionário, é deixar para depois o que tem de se fazer. Muitas vezes uso os adiantamentos sucessivos para enganar a culpa, a culpa que sinto por não ser um simples adiamento, mas um adiantamento definitivo, que conscientemente tento tornar inconsciente, serei pior pessoa por isso?
 
Sufoca-me toda a onda de expectativas que sinto à minha volta, vejo até expectativas sobre expectativas, expectativas que instintivamente crio, de mim para mim, de mim para os outros, de mim para as expectativas dos outros, dos outros para mim, dos outros para as minhas próprias expectativas…sabes, tudo isto, toda esta profusão de expectativas, adiamentos forçados e definitivos, me faz sentir ainda mais pequenina, incapaz, insegura…
 
Nunca ninguém, como tu, havia quebrado todos os espartilhos do tempo, todos os empecilhos e grilhões do possível e do impossível, do real e do imaginário, contigo tudo é possível e mágico... Acho-me capaz de ficar aqui, infinitas horas, aconchegada por ti, na nossa interminável conversa enquanto me provocas até não ser mais suportável manter os olhos abertos, vejo-te levantar apenas para virar, cuidadosamente, o disco, sei que a qualquer altura render-me-ei aos teus cuidados, estou certa que quando acordar continuaremos a conversa, continuaremos a conversa do exacto ponto onde a suspendermos para me poderes ver dormir, voltaremos, depois, a vestir os casacos que pesam no corpo e que lhe roubam agilidade, procurarás a minha mão e seguiremos, assim, de mão dada e nariz vermelho, num passeio à beira rio, onde nem o vento ou a chuva miúda nos tocam, porque vivemos um conto de fadas onde tudo é possível e termina com um viveram todos felizes e contentes.


Il Conte @ 18:33

Dom, 21/12/08

 

Ah ! Esta é a Princesa de que gosto: uma Princesa escritora ! Óptimo ! Muito bem mesmo, fico muito feliz que voltaste a escrever algo, escreves tão bem, parecia-me um grande desperdício que tinhas parado de escrever...mas provavelmente nem tinhas, quer dizer, só tinhas parado de escrever num blog, mas escrevias fora. Mas eu gosto muito do teu estilo, vê-se perfeitamente que davas para escritora. Eu desejo-te tudo de bem e de bonito, que possas ter êxito na profissão que escolheres, podias muito bem ser advogada mas tb psicanalista ou jornalista, podias ser muita coisa, mas desejo-te também que, no caso de não escolheres escrever por profissão principal, tu consiga contudo chegar cedo a publicar o teu primeiro livro. Mas acima de tudo desejo-te muita saúde e muito amor, para dares e para receberes. Um grande abraço, pequenina, tudo de bem para ti.

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