Tenho engordado os meses de tanto raciocinar tudo. Cada olhar. Cada palavra.
D’agora em diante não vou voltar a dramatizar. Desculpa-me, os dramas racionalmente irracionais. Desculpa-me por te falar de mais e por te raciocinar (também) de mais.
Temos que degredar todo o espaço que temos guardado para as nossas tentativas vãs de hiper lucidez. Nem sempre tem de haver um beijo antes de dormir. Não vou dramatizar se não mo deres pessoalmente ou se não me mandares por carta a intenção de me dares um beijo ao deitar.
Hoje não há razão! Não quero argumentos. Ou falsas promessas. Nada!
Quero ser pueril! Não quero pensar…. Mas é inevitável não sentir a tua falta nas minhas manhãs. A tua voz faz-me falta. O desejo da materialização dos nossos corpos nus faz-me falta. Fazes-me falta de manhã. Pronto! Não é racional é emocional (de emoção) esta falta que me fazes. Pronto!
De hoje em diante não quero pensar no tom distante com que me terás ou não falado. Não quero pensar no tom doce que poderia haver, mas que nem sempre há, nem tem de ser constante. Ou existente. Se quer! Não o quero fingido. Não vamos fingir. Não vamos pensar. Não vamos dramatizar.
Mas hoje...hoje, espero que estejas disponível. Totalmente, disponível para mim.
Espero que estejas disponível para conhecer para lá do cinto de ligas e do batom vermelho. Hoje, espero ver-te despojado de toda a razão.
Depois? Bebé, depois fumamos um cigarro e falamos de pintura!