Elas falam. Balem. Falam. Falam mais um bocado e zurram outro tanto. Fazem um drama por lhes acabar a tinta da caneta e outro ainda maior e mais barulhento por encontrarem um cabelo espigado.
Feias. Burras. Trapalhonas. Doentiamente vaidosas.
Insuportavelmente irritantes!
Imagino durante longos minutos (e não poucas vezes) os seus cabelos pintados a irem pelos ares. Imagino aqueles crânios despedaçados. Estilhaçados. Em cacos! Quero-os pisar. Quero pisar os cacos. Quero-os ouvir estalar ainda mais. E mais!
Ah, os seus explosivos crânios! Os seus crânios explosivos! Agradável e silenciosamente explosivos
Ponho o meu ar mais alucinado. As minhas mãos parecem crescer para lhes apertar o pescoço. Todo. A todas. Uma a uma. (Aguardam em fila a sua vez calma e silenciosamente.) Esbugalho mais os olhos e dou gargalhadas orgásmicas. Só de imaginar o poder de impedir o ar de lhes chegar aos álveolos.
Ah, o prazer da asfixia. Da asfixia que silencia. E tranquiliza. Permanentemente.
Deixai-me fumar um cigarro. Dai-me um pouco mais de paciência. Mais logo rezo uma confissão.